Biografia
Nascida na capital da Polónia - à época sob domínio do Império Russo - com o auxílio financeiro de sua irmã mudou-se já na juventude para Paris. Licenciou-se em primeiro lugar em Ciências Matemáticas e Física, na Sorbonne. Foi a primeira mulher a lecionar neste prestigiado estabelecimento de ensino. Casou-se em 1895 com Pierre Curie (de quem recebeu o sobrenome pelo qual é conhecida) que também era professor de Física. Em 1896, Henri Becquerel incentivou-a a estudar as radiações, por ele descobertas, emitidas pelos sais de urânio. Juntamente com o seu marido, Maria começou, então, a estudar os materiais que produziam esta radiação, procurando novos elementos que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a curiosa característica de emitir mais radiação que o urânio que dela era extraído). Efetivamente, em 1898 deduziram essa explicação: haveria, com certeza, na pechblenda, algum componente liberando mais energia que o urânio; em 26 de Dezembro desse ano, Maria Skłodowska Curie anunciava a descoberta dessa nova substância à Academia de Ciências de Paris.
Após vários anos de trabalho constante, através da concentração de várias classes de pechblenda, isolaram dois novos elementos químicos. O primeiro foi nomeado polônio, em referência a seu pais nativo, e o outro rádio, devido à sua intensa radiação, do qual conseguiram obter em 1902 0,1 g. Posteriormente partindo de oito toneladas de pechblenda, obtiveram mais 1 g de sal de rádio. Nunca patentearam o processo de obtenção desenvolvido. Os termos radioativo e radioatividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia liberada espontaneamente por este novo elemento químico.
Com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, recebeu o Prêmio Nobel de Física, em 1903 "em reconhecimento pelos extraordinários serviços obtidos em suas investigações conjuntas sobre os fenômenos da radiação, descoberta por Henri Becquerel". Foi a primeira mulher a receber tal prêmio.
ascimento | Maria Skłodowska 7 de Novembro de 1867 Varsóvia, Reino da Polônia | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Falecimento | 4 de Julho de 1934 Sancellemoz, França Anemia aplástica | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Residência | Polônia, França | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Nacionalidade | polonesa francesa | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Campo(s) | física e química | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Instituições | Sorbonne e ESPCI | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Alma mater | Sorbonne | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Orientador(es) | Antoine Henri Becquerel | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Orientado(s) | André-Louis Debierne Marguerite Catherine Perey | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Conhecido(a) por | Radioatividade | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Prêmio(s) | Prêmio Nobel de Física (1903) Prêmio Nobel de Química (1911) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Cônjuge(s) | Pierre Curie | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Postura religiosa | agnóstica | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Em 1906, sucedeu ao seu marido na cadeira de Física Geral, na Sorbonne. Depois da morte do seu marido teve um romance amoroso com o físico Paul Langevin, que era casado, resultando num escândalo jornalístico, que se misturou a referências xenófobas, devido à sua ascendência polaca. Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Em 1921 visitou os Estados Unidos, onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a pesquisa. Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que usavam material radioativo sem precauções. Foi ainda a fundadora do Instituto do Rádio, em Paris, onde se formaram cientistas reconhecidos de grande importância. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina. Marie Curie morreu perto de Salanches, França, em 1934 de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça a radiações durante o seu trabalho. Sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, também recebeu o Prêmio Nobel de Química, em 1935, ano seguinte da morte de Marie. |